Ajudar a cooperativa de mulheres indígenas Túumben K'óoben a proteger a natureza
A floresta tropical dos maias é a maior área de floresta tropical não-fragmentada da América Central e terra natal das onças-pintadas. Uma cooperativa de mulheres indígenas gostaria de comprar aqui algumas parcelas de floresta tropical para fazer oposição a um projeto de infraestrutura destruidora, bem como conservar a natureza e suas tradições.
Visão geral do projeto
Tema do projetoHabitats / Pessoas
Objetivo do projeto Compra de floresta tropical, formação ambiental, construção de centro agroecológico
Atividades Compra de floresta tropical, oferta de formação ambiental, conservação da fauna e da floresta
A floresta dos maias estende-se largamente a partir da península de Yucatán até os países vizinhos Belize e Guatemala. A maior área não-fragmentada de floresta tropical da América Central é um dos mais importantes ecossistemas da nossa Terra e um corredor verde para várias espécies animais, como os macacos-bugios, antas e onças-pintadas.
Para o ecossistema e a cultura e tradição dos maias, o felino predador exerce um papel muito importante. Os reis maias adornavam-se com a força e a elegância do “Balam”, que é como se chama a onça-pintada na língua maia. Apenas algumas pessoas já tiveram a felicidade de ver um desses maravilhosos animais na floresta.
A onça-pintada está no topo da cadeia alimentar, ela própria alimenta-se de mamíferos e pássaros. As sementes das plantas que suas presas comeram continuam na onça. Assim é que, através dela, centenas de espécies de árvores crescem e se desenvolvem. Ela estabiliza o ecossistema florestal, sem a onça a diversidade da vegetação tropical seria gravemente reduzida.
A Selva Maia dispõe de uma diversidade biológica extraordinária: nela existem mais de 20 diferentes ecossistemas, desde as florestas pluviais sempre-verdes dos Petén na Guatemala, passando pelas florestas montanhosas e até as florestas secas na península Yucatán, no México.
Quando se anda pela floresta de Yucatán, passa-se por árvores espinhosas, enquanto macacos ficam balançando no topo das árvores. Entre as folhas está cintilando a água azul de um cenote! Estas cavidades subterrâneas são uma peculiaridade geológica de Yucatán. Em áreas de relevo cársico, não existem rios superficiais, e a água potável é preciosa. Os cenotes são cobertos por água doce e especialmente valiosos nos trópicos, onde a temperatura frequentemente atinge temperaturas superiores a 45°C.
Para os maias, os cenotes representavam a entrada para o mundo inferior, e até hoje muitos deles são locais sagrados. Muitos cenotes foram destruídos para a construção de estruturas hoteleiras na Riviera Maya.
A Selva Maia é um imenso tesouro biológico e arqueológico com muitas espécies animais endêmicas - que só existem aqui - e muitos sítios arqueológicos dos antigos maias, muitos deles ainda ocultos na selva.
No meio desta extraordinária floresta pluvial está sendo planejado um dos maiores projetos de infraestrutura do México: Uma linha ferroviária para turistas. Planeja-se que o chamado “Tren Maya“ conecte os balneários de Cancún, Playa del Carmen e Tulum no litoral com os sítios arqueológicos maias de Chichén Itzá até Palenque.
Por causa do “trem maia”, milhões de árvores terão de ser derrubadas. A construção às margens dos 1500 km de extensão da linha ferroviária, já começou. A floresta tropical vai sendo desmatada e a população predominantemente indígena continua sendo marginalizada. O plano é que o povo nativo sirva, sobretudo, como mão-de-obra barata no setor de construção e turismo.
“Fazemos oposição porque queremos conservar nossa cultura e nossas florestas como fonte de subsistência”, declara a cooperativa de mulheres Túumben K'óoben.
As mulheres do povo maia querem, com sua cooperativa, desenvolver um projeto de proteção da floresta tropical vizinho da planejada linha ferroviária. A floresta fica no município Felipe Carrillo Puerto no estado de Quintana Roo. Com o apoio de “Salve a Floresta”, deverão ser adquiridos, para isso, 51 hectares de floresta. Muitas das espécies de animais e plantas ameaçados de extinção foram identificados nessa região de floresta intacta; onças-pintadas, cervos e perus-selvagens também vivem lá.
Uma fatia do dinheiro a cooperativa já dispõe, mas ainda falta uma parte grande da soma necessária para a compra.
Depois da compra de floresta, a fauna e a flora serão examinadas e identificadas com acompanhamento científico; também deverá ser oferecida uma formação ambiental. Nos próximos anos, deverá ser criado um centro agroecológico, adquirindo-se outras áreas de floresta tropical vizinhas com o objetivo da conservação.
A cooperativa de mulheres é uma parceira nova de “Salve a Floresta”. Elas já desenvolveram fontes de renda alternativas na região, como, por exemplo, o cultivo de milho, feijão e espécies de frutas locais.
Com o novo projeto, elas pretendem expandir sua área de influência, com o fim de possibilitar para as pessoas na região um futuro autodeterminado fora do modelo econômico do turismo de massa que lhes é enfiado goela abaixo, no objetivo de manter suas tradições e conservar a natureza.
Se quer dar suporte a essas mulheres no México, escolha, por favor, doações na área “Protetores da floresta”“.