Protesto contra oleoduto: Polícia prende estudantes de novo
6 de nov. de 2023
Na Uganda, de novo a polícia dissolveu, fazendo uso de violência, uma manifestação pacífica contra o oleoduto EACOP, tendo prendido 4 estudantes. Um deles foi infectado por tuberculose na cadeia. Já há um ano, nove rapazes estão respondendo no tribunal por acusações semelhantes.
Cerca de 50 estudantes em Kampala pretendiam, no dia 15/09/2023, entregar no Parlamento uma petição contra o oleoduto EACOP. Policiais, contudo, impediram-os de entrar no Parlamento e espancaram alguns deles, tendo prendido quatro rapazes. Eles passaram o final de semana na cadeia e somente foram liberados mediante o pagamento de caução.
Mary Lawlor, a Relatora Especial da ONU para defensores de direitos humanos, condenou as prisões, as quais caracterizou, segundo o jornal britânico The Guardian, como "muito alarmantes".
Kajubi Maktum, um dos presos, foi infectado por tuberculose na notoriamente superlotada cadeia.
“O governo ameaçou-nos e está tentando colocar medo na gente. Nós, porém, não nos deixamos intimidar.”
Kajubi Maktum e Waswa Alex Lyazi já tinham sido presos, um ano atrás, juntamente com sete outros manifestantes. O grupo foi levado a julgamento no tribunal, mas o processo, desde então, vem se arrastando. Aparentemente, trata-se de uma tática para intimidar e desencorajar os acusados. As últimas audiências tiveram lugar em 25 e 30 de outubro, devendo a próxima ocorrer no dia 6 de novembro.
“Salve a Floresta” entrou em ação com uma petição e uma campanha nas redes sociais para que as autoridades não continuem a torturá-los ou ameaçá-los.
Por favor assine a nossa petição, caso não o tenha feito ainda.
Resistência contra projeto petrolífero alucinado
Por meio de um oleoduto de 1.440 Kilometer de extensão para transporte de petróleo bruto na África Oriental (East African Crude Oil Pipeline EACOP) deverá ser transportado petróleo bruto do Lago de Alberto, no oeste de Uganda, para o porto de Tanga, na Tanzânia. São partes do projeto as petroleiras TotalEnergies, da França, e a CNOOC, da China.
A Total pretende até mesmo explorar petróleo no Parque Nacional Murchison Falls, enquanto a CNOOC já construiu uma torre de perfuração no Lago de Alberto.
Por favor, assine nossa Petição contra a EACOP e os projetos petrolíferos a ele ligados.