Nada de fazer negócios com o conglomerado papeleiro APRIL
O conglomerado de papel e celulose APRIL/RGE) e outras empresas do bilionário Sukanto Tanoto estão destruindo, já há meio século, as florestas da Indonésia e as condições de subsistência da população local. Estamos apelando para bancos, investidores e parceiros de negócio para que eles cancelem relações com a APRIL e a RGE.
Notícias e Atualidades ApeloPara: Bancos, parceiros comerciais e investidores da Asia Pacific Resources International Limited (APRIL) e da Royal Golden Eagle (RGE)
“Façam parar os desmatamentos! Reparem os dados sociais e ecológicos! Nada de financiar negócios para a APRIL / RGE! Nada de fazer negócios com a APRIL / RGE!”
O consumo de papel e outras embalagens para uso descartável está aumentando aceleradamente – e isso tem conseqüências terríveis para as florestas no mundo inteiro. A indústria de papel e celulose desmata florestas tropicais e rouba a terra das comunidades indígenas. O nosso consumo de produtos descartáveis - como o papel - é um dos mais maiores gatilhos para a devastação das florestas tropicais, sendo a causa do roubo de terras, do deslocamento forçado e da violência.
Um dos maiores conglomerados que já há décadas tem a má-fama de destruir florestas tropicais e causar conflitos, está de novo nas manchetes: APRIL (Asia Pacific Resources International Limited): Em Sumatra uma liderança indígena foi sequestrada e presa, simplesmente por ter feito oposição à empresa Toba Pulp Lestari, uma firma ligada à APRIL. Mayawana Persada, uma empresa, igualmente, ligada à APRIL está devastando, em Bornéu, a floresta dos orangotangos - e faz isso para fazer papel,. Trata-se de uma floresta de turfa na qual vive uma população de hominídeos ameaçados de extinção. Igualmente em Bornéu, no momento, está sendo criada uma mega-fábrica de celulose em uma floresta de mangue, a qual é habitada por macacos-narigudos.
A APRIL, que é produtora de celulose, papel, embalagens, lenços de papel e viscose, pertence à holding Royal Golden Eagle (RGE). Em 2015, a RGE anunciou que pertenceria a uma cadeia de fornecimento na qual não haveria desmatamento (zero deforestation). A RGE e as fornecedoras precisam comprovar que não desmatam florestas e que a população não é prejudicada.
A realidade, no entanto, é outra!
Organizações ambientalistas e das comunidades indígenas estão reivindicando das autoridades que parem com a destruição e a violência, que as empresas sejam punidas e que, no pior dos casos, fechem as empresas.
Grupos internacionais estão apelando para bancos, investidores e parceiros de negócio para que eles cancelem relações com a APRIL e a RGE.
Por favor, apoie o nosso trabalho com a sua voz: Nada de fazer negócios com a APRIL / RGE!
Começo da petição: 23/05/2024
Mais informaçõesA despeito dos interesses da coletividade, os produtores de embalagens, papel, celulose e viscose estão expandindo, cada vez mais, os seus negócios. Conglomerados indonésios, os quais pertencem aos maiores global players internacionalmente, são essencialmente co-responsáveis pela destruição das florestas de planície de Sumatra e, portanto, igualmente co-responsáveis pela ameaçadora dizimação da população dos Tigres-de-Sumatra e dos orangotangos. Nos últimos anos, a indústria de papel indonésia aumentou a sua produção em mais de 50%. E ela continua se expandindo.
A imensa - e crescente - demanda pela matéria-prima madeira, a qual abastece as novas fábricas de papel, está impulsionado uma nova onda de desmatamento, o que ameaça a floresta tropical de forma muito grave.
As duas holdings, a saber: a Sinar Mas (esta de propriedade da família Wijaya, com sua fábrica de celulose APP (Asia Pulp and Paper) e a Sukanto Tanoto`s Royal Golden Eagle com sua fabricante de celulose APRIL (Asia Pacific Resources International Limited) são, respectivamente, número UM e DOIS dos maiores produtores de celulose da Indonésia, ocupando ambos os lugares da frente na lista dos destruidores da floresta tropical indonésia, até mesmo antes da Korindo (madeira e óleo de palma) e da Sumitomo (mineração).
Sobre o atual desmatamento feito pela PT Mayawana Persada
A “Salve a Floresta” já havia reportado sobre o brutal e fulminante desmatamento por causa de papel na floresta dos orangotangos, em Borneo, província Westkalimantan, feita pela firma Mayawana Persada. Os orangotangos de Bornéu só tem condições de sobreviver se esses desmatamentos forem imediatamente interrompidos.
No papel, a PT Mayawana Persada é controlada por uma cadeia de sociedades holdings. Zonas de interseção entre as administrações das empresas, conexões na gerência operativa e na cadeia de fornecedores mostram, contudo, que a PT Mayawana Persada é ligada à RGE e à APRIL.
O estudo Deforestation Anonymous. Rainforest destruction and social conflict driven by PT Mayawana Persada in Indonesian Borneo examina detalhadamente o intenso desmatamento realizado durante o período de concessão da PT Mayawana Persada, a destruição dos habitats de espécies protegidas (orangotangos, gibões, ursos malaios, etc.) e os conflitos sociais com as comunidades indígenas. O estudo é baseado em análises de fotos de satélites, acompanhamento da cadeia de produção, entrevistas com funcionários da Mayawana e a análise de documentos da empresa. O estudo chega à conclusão que a Mayawana já desmatou 35.000 hectares de floresta tropical e de turfa, o que representa a metade de Hamburgo ou de Cingapura.
Sobre o conflito do povo Batak com a PT Toba Pulp Lestari
O centenário conflito da fabricante de celulose PT Toba Pulp Lestari - que é ligada à APRIL - com o povo Batak, na província de Sumatra do Norte, está atingindo o ápice, no momento, com a criminalização do ancião indígena Sorbatua Siallagen. Sobre este assunto, “Salve a Floresta” publicou a notícia Indígena raptado em Sumatra e o Relatório do EPN sobre o prisão do líder indígena.
A Toba Pulp Lestari (TPL) foi criada em 1989 sob o nome Indorayon, tendo começado com a fabricação de celulose para produzir papel e viscose (Rayon) para tecidos – isso com a madeira tropical da floresta primária. Novas monoculturas de eucaliptos já chegam até mesmo à floresta de animais ameaçados de extinção como os orangotangos de Tapanuli.
A contaminação do Lago de Toba, a destruição ambiental, o roubo de terras e a violência já foram confrontados, logo de início, com forte resistência. No entanto, meio século de conflito fundiário permanece não resolvido. Em vez disso, o que se vê, agora, volta e meia, é a criminalização do povo nativo.
De acordo com o Relatório de Mapeamento de Conflitos Sociais, publicado em 2019 na página APRIL conflict plantations já foram registrados, no mínimo, 101 conflitos graves com grupos da sociedade civil em áreas concedidas à APRIL e seus fornecedores. O estudo reivindica que compradores e investidores evitem fazer negócios com a APRIL e a RGE, enquanti os conflitos não tiverem sido solucionados de forma transparente e participativa.
Sobre a construção da fábrica de celulose PT Phoenix Resources International
A empresa PT Phoenix Resources International - que também é contrada pela APRIL/RGE - está construindo outra fábrica de celulose gigante na província de Kalimantan do Norte. Lá, existem florestas de mangue, além de ser o habitát dos raríssimos nmacos-narigudos.
O Relatório Pulping Borneo deixa claro quais são os riscos da expansão da produção de celulose para Bornéu. Já hoje, provém de Bornéu a madeira para as grandes produtores de celulose de Bornéu. A previsível enorme demanda das novas instalações estão ameaçando gravemente o que sobrou da floresta de Bornéu
Pulping Borneo também contém informações valiosas sobre a Sukanto Tanotos Imperium Royal Golden Eagle, as conexões entre as firmas e fornecedores, acionistas e investidores.
Destruição ambiental, conflitos e intransparência sistemáticas
Os casos atuais não são uma exceção. Numerosas organizações da sociedade civil vem publicando numerosas pesquisas e diagnósticos sobre as práticas comerciais, a destruição ambiental e as conseqüências sociais.
Campanhas e grupos ambientais, negociações e promessas do lado da APRIL/RGE não foram capazes de trazer nenhuma melhoria, nem mesmo depois de a RGE, em 2015, haver se comprometido a produzir com desmatamento zero.
Paradise Papers: Leaked records reveal offshores role in forest destruction O exame feito pelo International Consortium of Investigative Journalists mostra como a APRIL fez uso de empresas-fantasmas para obter créditos bancários no montante de, pelo menos 3 bilhões de USD, tendo movido o dinheiro entre as suas subsidiárias para lá e para cá, enquanto minimizava a sua obrigação de pagar impostos.
APRIL violates its own zero deforestation policies Segundo este Relatório de 2018, a APRIL não vem cumprindo a sua própria política de desmatamento zero.
APRIL conflict plantations O Relatório sobre o Mlapeamento de Conflitos Sociais, publicado em 2019, identificou, no mínimo, 101 conflitos graves nas áreas de concessão da APRIL e de fornecedores.
APRIL Illegal Logging Briefing 2020 mostra como a APRIL, durante a pandemia, destruiu florestas de turfas e outras florestas naturais.
Paradise Papers: Pulp giant faces profit-shifting accusations APRIL ordenou suas exportações errado, para pagar menos imposto (2020).
Sustainable deforestation APRIL-Adindo: Relatório de 2020 sobre desmatamento feito por uma empresa ligada à APRIL.
Environmentalpaper APRIL Página informativa sobre a APRIL.
Profilseiten von BankTrack Dodgy Deal:
Banktrack. Royal Golden Eagle Group
Banktrack. Phoenix Pulp Mill Tarakan
A lista acima - uma seleção de relatórios críticos - dá uma noção de como a APRIL/RGE e empresas a elas ligadas prejudicam o meio-ambiente e a população. Graças à sua estrutura empresarial complexa e intransparente, a APRIL/RGE pode se dar ao luxo de se eximir de qualquer dever de prestação de contas.
Anos a fio de negociações de grandes organizações ambientais com a APRIL não lograram alterar em nada as práticas da empresa. Em consequência, investidores e compradores deviam parar de fazer quaisquer negócios com a APRIL/RGE.
Sobre o império do Sukanto Tanoto, APRIL e RGE
A APRIL pertence ao conglomerado RGE (Royal Golden Eagle), o império de Sukanto Tanoto, um dos homens mais ricos da Indonésia. A RGE atua nas seguintes áreas: Celulose e papel, óleo de palma, viscose, construção e energia, imóveis e administração patrimonial.
Os setores de óleo de palma e energia da RGE tem significado global. A área de óleo de palma é de responsabilidade dos conglomerados empresariais Asian Agri e Apical. Asian Agri é um dos maiores produtores de óleo de palma, possuindo inúmeras monoculturas e moinhos de óleo. Já a Apical opera refinarias, o processamento, uma usina de biodiesel e a exportação de óleo de palma. Ao assumir a Pacific Energy, no Canadá, a RGE conseguiu entrar no mercado de exploração e produção de gás.
Os setores de celulose, papel e viscose da RGE são pilares básicos do império de Sukanto Tanoto. Reagindo ao crescente consumo global, a APRIL/RGE vem expandindo seus negócios - ou já está plenamente estabelecida - na Indonésia, na China, na Europa e na América do Sul. Há firmas com sede no Brasil, em Macao, na China e em Singapura, que são diretamente ligadas à APRIL.
APRIL (Asia Pacific Resources International Limited): é um dos maiores conglomerados globais de celulose, produzindo papel, celulose e viscose em diversas instalações de grande monta. O moinho de papel RAPP, na província de Riau, em Sumatra, é um dos maiores do mundo.
Asia Symbol: é o maior produtor do mundo de celulose, papel e embalagens em Shandong, na China.
Bracell: um dos maiores produtores de celulose no Brasil.
Sateri: o maior produtor de viscose na China.
Asia Pacific Rayon: Produção de viscose em Riau
Para: Bancos, parceiros comerciais e investidores da Asia Pacific Resources International Limited (APRIL) e da Royal Golden Eagle (RGE)
Exmas. Sras. e Sres.,
Causou-me consternação a destruição da floresta tropical causada pelo conglomerado indonésio de papel e celulose APRIL (Asia Pacific Resources International Limited), bem como os numerosos e graves conflitos com a população.
Suas empresas mantém relações comerciais como investidores ou clientes com a APRIL ou com a sua matriz, a RGE (Royal Golden Eagle).
Já faz décadas que a APRIL/RGE é mal-afamada por conta da destruição da floresta tropical e dos conflitos, e no momento, de novo ela está nas manchetes, agora pelos seguintes motivos:
> uma empresa ligada à APRIL está derrubando floresta tropical em Bornéu (Província de Kalimantan do Norte), na qual vive uma grande população de orangotangos ameaçados de extinção.
> Em Sumatra uma liderança indígena foi sequestrada e encarcerada, simplesmente por ter feito oposição à empresa, uma firma ligada à APRIL.
> Igualmente em Bornéu, no momento, está sendo criada uma fábrica de celulose em uma floresta de mangue, a qual é habitada por macacos-narigudos. Só o tamanho da fábrica já é um ataque acintoso às últimas florestas de Bornéu.
Organizações ambientalistas indonésias estão reivindicando das autoridades que seja dado, de vez, um fim efetivo à destruição e à violência.
Grupos internacionais estão apelando a bancos, investidores e clientes para que eles não façam negócios com a APRIL/RGE, suas empresas subsidiárias e fornecedores, pelo menos enquanto não houver melhoras na totalidade da cadeia de fornecimento.
Minha apelação para os senhores é a seguinte:
- Use da sua influência junto à APRIL/RGE e firmas a ela ligadas para, assim, por um fim ao desmatamento;
- Participe ativamente na reparação dos danos sociais e ecológicos já causados;
- Congele os serviços financeiros a serem prestados à APRIL/RGE e às firmas a ela ligadas imediatamente;
- Encerre as suas relações comerciais com a APRIL/RGE!
Por favor, assuma a sua responsabilidade pela conservação das florestas tropicais, as quais são insubstituíveis para o clima e para a vida neste planeta Terra. Não colabore com a violência contra comunidades indígenas, as quais são, comprovadamente, os melhores protetores da floresta que existem!
Com os melhores cumprimentos
O denso verde da floresta tropical é muito menos uniforme e monótono do que poderia parecer à primeira vista. Principalmente, existem aqui quatro diferentes andares: a região do solo e o mundo aquático, a região dos arbustos e moitas, a região das copas das árvores e a cobertura com as árvores gigantes que estão acima de tudo. Todas estas regiões têm os seus próprios habitantes muito especializados. Muitos seres vivos desenvolveram simbioses – eles tiram proveito mutuamente. A cooperação tem uma importância vital na floresta tropical. Só quem pratica um estilo de vida adaptado sobrevive aqui.
Quais são os habitantes do solo florestal?
A região do solo é muito escuro. A través do denso teto de folhas, somente entre um e dois por cento da luz chegam realmente ao solo. Muitos fungos, briófitas e fetos florescem aqui. As sementes das grandes árvores só têm a oportunidade de germinar quando uma árvore alta cai e gera assim uma clareira no copado florestal impenetrável. Agora as plântulas e trepadeiras crescem rapidamente. E acima, já logo surge uma nova plataforma para muitas das epifitas (por exemplo orquídeas) e um novo espaço vital para centenas de animais.
Um bom exemplo para as interdependências na floresta tropical são as raflésias que crescem no Sudeste Asiático. As enormes flores delas medem um metro de diâmetro, pesam até sete quilos e precisam de quase um ano para a própria formação. Depois, florescem apenas durante uns poucos dias. Para a polinização da flor que cresce no solo, a raflésia depende de insetos específicos. Eles são atraídos pela cor e pelo cheiro parecido a carne morta. Como parasita, a raflésia está dependente também de certas plantas hospedeiras, por exemplo trepadeiras. Se estas morrem, assim morre a raflésia.
Existem jardineiros na floresta tropical?
Cada visitante da floresta tropical que olha para o chão durante a sua caminhada pela selva da América Central e da América do Sul repara em elas: as processões das formigas-cortadeiras estão por toda a parte, transportando folhas e partes de flores e frutas para os seus ninhos. Ali não utilizam a colheita diretamente para a alimentação, como se poderia imaginar. Com o material vegetal elas cultivam fungos. Estes crescem em tocas especialmente construídas nos ninhos e alimentam as formigas e as larvas delas.
O que faz um golfinho no Amazonas?
Nos rios da Amazônia nadam até 3500 diferentes espécies de peixes. Além disso, eles são o reino de muitas outras espécies animais – mesmo do golfinho de rio cor-de-rosa.
Vários tipos de cobras movimentam-se elegantemente nas águas. Em contrapartida, as piranhas sanguinárias são um mito da selva. Estes peixes cinzentos e cor-de-laranja alimentam-se maioritariamente de pequenos peixes, moluscos, frutas e sementes. Só na estação seca elas tornam-se perigosos juntando-se a grupos para capturar a sua presa.
Embora os basiliscos curiosos não vivem na água, eles podem correr por cima da sua superfície. Nos seus largos pés com membranas interdigitais seguem a presa deles ou fogem de perigos.
Existem realmente rãs e cobras voadores?
A região do copado florestal é o espaço na floresta úmida onde vive a maior parte dos animais. Ela situa-se entre 25 e 45 metros de altura sobre o solo florestal. Aqui vivem também, além de rãs e cobras voadores, lagartixas e dragões voadores. Para o vôo planado, as rãs possuem membranas interdigitais que elas podem estender como um para-quedas. Alguns exemplares desta espécie nunca se afastam das copas. Até reproduzem-se nas árvores. Para isso, eles põem ovos nos grandes funis das bromélias que estão enchidas com água. Ali crescem os pequenos girinos e abandonam o funil só quando estão adultos.
A chrysopelea é uma cobra que vive nas florestas do Sudeste Asiático. Ela plana a través das copas de uma árvore a outra. Assim, ela faz o seu corpo plano como uma vela e mantém-se no ar com movimentos ondulantes.
A multiplicidade de borboletas na floresta tropical é especialmente impressionante. Algumas delas demonstram uma envergadura de até 30 centímetros é são assim as maiores borboletas do mundo.
Os arranha-céus da floresta também são habitados?
No último andar da floresta tropical, a 60 metros de altura, também existe uma vida múltipla. Este espaço é criado pelas árvores gigantes. Estas são espécies que crescem devagar, como a mamufeira, a castanha-do-pará e as meliáceas. As copas delas erguem-se como ilhas do mar de folhas do andar de embaixo. Sobre os habitantes destas altitudes dificilmente atingíveis sabe-se pouco. Morcegos-da-fruta e macacos também podem ser descobertos sem acesso a este espaço vital. Bem como as jandaias-amarelas que voam em bandos fazendo muito barulho, as araras imponentes e as harpias que estão entre os maiores falconiformes do mundo. Elas caçam e comem preguiças, araras e quatis. Mas os insetos que vivem na região das copas das árvores são pouco explorados até hoje.
Como se podem transformar as plantas da selva em medicina?
Desde há milênios, os habitantes da floresta tropical têm usado as plantas dela como medicina. As florestas úmidas são a maior farmácia natural do mundo. Assim, o suco leitoso da árvore-do-dragão é utilizado como “adesivo líquido” com um efeito anti-inflamatório. Da cinchona extrai-se o quinino. Já há muito, este remédio contra a malária é usado pelos habitantes da floresta tropical para o tratamento da febre. O physostigma das florestas no Oeste da África é o principal elemento em medicamentos contra o glaucoma e a hipertensão arterial. As plantas tropicais também fornecem muitas substâncias ativas para a terapia de cancro.
Mas não só os homens beneficiam-se da farmácia vegetal. Os orangotangos também sabem qual planta existe contra a malária ou a enxaqueca. Em um terreno de 300 hectares o orangotango conhece cada árvore e cada planta e lembra-se onde e quando quais frutas estão maduras.
Quais são as conseqüências da destruição da floresta tropical para os animais?
Cada ano a área de floresta no mundo reduz-se em 13 milhões de hectares, a maior parte nos trópicos. Entre 2001 e 2010 10,4 milhões de hectares de florestas tropicais foram abatidos anualmente, 6,3 milhões de hectares desta área coberta de floresta primária. Cada minuto uma área florestal de 40 campos de futebol fica vítima das motosserras, dos bulldozers e dos incêndios – para a indústria madeireira e de móveis assim como para enormes plantações de dendezeiros, cana-de-açúcar e soja. E também para minas de ouro ou cobre, a extração de petróleo e barragens o pulmão verde do nosso globo está morrendo.
Os orangotangos, tigres e tucanos precisam da floresta para viver. Com cada pedaço de floresta abatido algumas espécies animais e vegetais extinguem-se irremediavelmente – cerca de 150 espécies por dia.
O abate das florestas também ameaça os homens?
Para 60 milhões de autóctones a floresta tropical é a terra natal e um lugar espiritual bem como a fonte para a alimentação, medicina e a construção de casas. Eles vivem em sintonia com a natureza sem destrui-la e dependem altamente da floresta. A organização Survival International relata sobre aproximadamente 150 grupos indígenas que habitam as florestas sem nenhum contato ao mundo exterior, em isolamento voluntário; por exemplo os Awá na Amazônia brasileira. Por causa da destruição da floresta, mas também devido à imigração e a doenças importadas o modo de vida deles e freqüentemente também a sua sobrevivência são ameaçados. No total, segundo dados da FAO, 300 milhões de pessoas estão vivendo em áreas florestais.
Mas a crescente perda da área florestal não só é um perigo para os povos da floresta tropical. Todos nós estamos perdendo com ela o “pulmão verde” do globo. Precisamos da floresta tropical como depósito importante de CO2 para regular o clima mundial. Se as áreas de floresta tropical desse mundo tornam-se estepes o desertos, isto também leva impactos para a Europa. Além disso, com cada planta e cada espécie animal que se extingue, a humanidade está perdendo um tesouro maravilhoso. Ao contrário de problemas ambientais resolúveis, este tesouro está perdido para sempre.
O que faz Salve a Floresta para proteger a floresta?
Desde 1986 Salve a Floresta intercede pela conservação deste único ecossistema. Queremos proteger a floresta e os seus habitantes – homens, animais e plantas – dos interesses de curto prazo das indústrias diferentes. Para isso apoiamos grupos de base no local que lutam pela proteção das florestas, os direitos dos indígenas, um progresso social e um desenvolvimento compatível com o ambiente e os habitantes. Com as nossas campanhas de protesto contra as atividades predadoras geramos uma maior consciência no público e exigimos aos responsáveis com a entrega das assinaturas recolhidas que corrijam o seu rumo. Com as doações promovemos a compra e conservação de áreas de floresta tropical e – se for necessário – financiamos medidas legais para a proteção da floresta. Fazemos trabalho de informação acerca da participação da Alemanha na destruição da floresta tropical, mostramos as razões e nomeamos os autores. Através do trabalho de informação para os consumidores encorajamos um comportamento de compra consciente.
O que posso eu fazer?
- Fale com amigos, conhecidos e a sua família sobre a floresta tropical e a ameaça dela. Chame a atenção para o trabalho de Salve a Floresta e encoraje o apoio das nossas ações de protesto – cada um pode participar!
- Apóie o trabalho de Salve a Floresta com uma doação.
- Participe nas nossas ações de protesto.
- Organize recolhas de dinheiro em escolas, na universidade ou no posto de trabalho. Com estes eventos de informação mais pessoas reparem na proteção importante da floresta tropical e você apóia o nosso trabalho diretamente com uma doação.
- Informe-se nas nossas páginas de tópicos como o seu comportamento aquisitivo se repercute na floresta tropical e quais alternativas existem aos produtos prejudiciais ao ambiente.
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