Luta contra mega-barragem ganha: vitória para a floresta tropical na Malásia
8 de abr. de 2016
Desde há mais de cinco anos a população tinha lutado contra a construção de uma barragem de 1200 MW no rio Baram em Bornéu. Agora finalmente venceu! 400 km2 de floresta tropical foram devolvidos às comunidades indígenas expropriadas.
Em 20 de Março de 2016 os advogados da organização indígena SAVE RIVERS deram sinal verde: o Estado malaio de Sarawak prescinde da construção da usina hidrelétrica Baram. As 26 comunidades indígenas afetadas dos Kenyah, Kayan e Penan vão receber de volta os seus terrenos, que foram expropriados para a construção do reservatório, e podem voltar às suas aldeias. Isto representa um grande êxito, já que, caso contrário, 400 km2 de floresta tropical teriam sido abatidos e inundados para a barragem e cerca de 20 mil indígenas teriam perdido a terra natal deles.
A decisão de Adenan Satem, ministro-chefe do governo de Sarawak, provocou um grande júbilo entre defensores do meio ambiente e organizações indígenas. Bob Brown, ex-senador australiano e presidente do partido dos Verdes, até fala de um dos êxitos globais mais importantes nos últimos anos.
O Fundo Bruno Manser (BMF) jogou um papel importante para o êxito dos indígenas. Nos últimos cinco anos, o fundo tem zelado pelo resgate da floresta tropical na Malásia e investiu mais que 600 mil francos suíços para a campanha. Assim, era o maior patrocinador na luta contra a barragem. A Salve a Floresta também apoiou o BMF: em meados de 2014 Ulrich nós entregámos uma petição com 62.374 assinaturas a Ulrich Spiesshofer, o diretor da empresa ABB, que estava envolvida na construção da barragem.