À Liebherr: não forneçam máquinas para a destruição da floresta!
19 de mar. de 2016
A empresa alemã Liebherr considera participar na construção do “superhighway” na Nigéria, para o qual a floresta dos indígenas Ekuri seria destruída. A porta-voz da empresa informou que se estava avaliando o projeto. Nós exigimos: a Liebherr não deve fornecer nenhumas máquinas.
Segundo as notícias veiculadas pelos meios de comunicação, uma delegação de três pessoas da Liebherr viajou recentemente ao Estado de Cross River na Nigéria e foi ver o progresso do projeto. Nos próximos meses, máquinas especiais estão por ser fornecidas para a construção da ponte e da estrada. Além disso, a Liebherr está por estabelecer um laboratório para o controle da qualidade.
A pedido da Salve a Floresta, uma porta-voz da Liebherr em Biberach confirmou que a empresa estava interessada no projeto e que alguns empregados tinham viajado ao Estado de Cross River. As negociações com o promotor do projeto, a Infracross, estavam “numa fase absolutamente inicial”. Nenhuns contratos ou declarações de intenções tinham sido assinados.
A empresa afirmou que sabia que o governador do estado “criou fatos através do abate de floresta”, mesmo que o ministério do meio ambiente da Nigéria exija o fim do desmatamento. Alegadamente, a Liebherr não está envolvida nesses abates.
A Liebherr “avalia o projeto”
Mesmo assim, para a Liebherr uma participação futura na construção da estrada não está fora de questão. Os responsáveis estão “avaliando” o projeto.
A Salve a Floresta exige da Liebherr que não forneça nenhumas máquinas. A empresa não deve beneficiar-se economicamente da destruição da floresta tropical e do roubo de terras.
Participação da empresa Julius Berger
Também existem críticas à empresa de construção Julius Berger International em relação ao projeto rodoviário. Segundo um artigo na imprensa, o governador do Estado de Cross River Ben Ayade assinou contratos em Junho de 2015 em Wiesbaden, a sede da empresa. Uma foto pode confirmar isto. A Salve a Floresta informou a empresa sobre um anúncio do ministério do meio ambiente da Nigéria que exige a suspensão das obras na estrada.
A Julius Berger não respondeu.