2014: êxitos para as florestas tropicais
30 de jan. de 2015
Os nossos parceiros nos países com florestas tropicais envidam todos os esforços no sentido de conservar os seus espaços vitais variados. Através de petições e doações, Salve a Selva apoiou-os nisso. Cada êxito é mais uma razão para todos nós para continuar a lutar pela proteção das florestas tropicais. Leiam aqui sobre os êxitos em 2014:
Indonésia: ambientalistas vencem no tribunal
“Ganhámos”, escreve Nordin da nossa organização parceira Save our Borneo. “O Supremo Tribunal da Indonésia confirmou que a empresa de óleo de palma Bumitama Agri desmatou 7 mil hectares de floresta primária sem permissão. A sentença mostra que temos êxito com as nossas campanhas para a floresta tropical.“ Nordin tinha revelado o desmatamento ilegal em Março de 2012 e apresentou queixa.
Na ilha indonésia de Sumatra uma empresa de óleo de palma também foi condenada por abate ilegal: a empresa Kallista Alam tem que pagar uma multa de 9,4 milhões de dólares americanos assim como 21 milhões para o reflorestação da floresta de turfa destruída por ela. A região é o habitat dos últimos orangotangos de Sumatra.
As matas virgens da Tasmânia estão salvas!
Juntamente logramos o improvável: o governo da Austrália queria roubar 74 mil hectares de mata virgem do patrimônio natural do mundo. Depois de protestos em todo o mundo, a UNESCO parou o plano. O chefe do governo Abbott tinha afirmado que as áreas afetadas não estavam intocadas. Para o comitê do patrimônio mundial, este argumento foi lamentável e insustentável. Sobre tudo porque estes 74 mil hectares nessa pequena ilha só foram colocados sob proteção em 2013 – a pedido da Austrália. Em conjunto com ambientalistas australianos, lutámos pela conservação do patrimônio mundial e recolhemos 132.602 assinaturas – em todo o mundo 368.869 pessoas protestaram com a sua assinatura.
Mais ações exitosas:
O Ministério do Ambiente no Estado malaio de Parak recebeu 83 mil assinaturas exigindo a proteção da tartaruga-marinha e está investigando a construção de usinas em áreas com ninhos de tartarugas.
Depois de protestos no mundo inteiro, o governo australiano está discutindo sobre a proteção por lei dos coalas e dos habitats deles, que são destruídos para florestações.
Com a resistência deles, os indígenas do vale Areng no Camboja já lograram a desistência de duas empresas de barragens. Juntamente com ambientalistas e apoiado pelas nossas petições, estão tentando expulsar a terceira empresa. O vale nas Montanhas Cardamom é a terra natal de raras espécies animais e vegetais.
Também há esperança para as florestas no Estado malaio de Sarawak em Bornéu e os indígenas Penan: o novo chefe do governo iniciou ações contra a máfia madeireira e não quer mais tolerar a corrupção e o abate ilegal. “Estes são as palavras mais claras que temos ouvido de um político do governo: combater a corrupção como a raiz da destruição da floresta e do subdesenvolvimento”, diz Lukas Straumann do Fundo Bruno Manser que tem acusado as ações criminosas da máfia madeireira há muitos anos.
Na Guatemala a população indígena alcançou parar a multinacional Goldcorp no tribunal. A mina de ouro teria sido construída num território reconhecido dos Maias.
Na ilha filipina de Palawan a resistência contra a expansão das plantações de dendezeiros está crescendo. Com o nosso apoio, agricultores e indígenas fundaram a “coligação contra roubo de terras“ para difundir informações e denunciar os crimes ambientais no público e a nível internacional.
O tribunal da África Oriental suspendeu os planos para a construção de uma estrada asfaltada no Parque Nacional Serengeti. Assim, a destruição iminente do ecossistema foi evitada. Os juízes sublinharam na sua decisão o estatuto digno de proteção do Serengeti como patrimônio mundial. Além disso, o governo da Tansânia teria violado acordos internacionais para a proteção da natureza e da biodiversidade. Contudo, os planos de ampliar a rede rodoviária ainda continuam em cima da mesa. Salve a Floresta continuará a lutar pelo Serengeti.
No total, recolhemos e entregámos mais de três milhões de assinaturas para 38 petições no ano de 2014. Obrigado por ter participado!