Indonésia: sanções severas para empresa de óleo de palma por causa de queimada
11 de jan. de 2014
Um tribunal na província de Aceh no Norte de Sumatra transmite um sinal claro contra a queimada ilegal das florestas tropicais: condenou a empresa de produção de óleo de palma PT Kallista Alam a uma multa do equivalente a 9,4 milhões de dólares americanos e mais 21 milhões de dólares para a reflorestação da destruída floresta turfeira de Tripa
“Esta sentença é uma clara mensagem a todas as empresas que pensam que possam destruir florestas protegidas e escapar impunemente”, diz Muhammad Nur, chefe da organização ambientalista WALHI Aceh, filial indonésia dos Amigos da Terra.
Sob pressão por parte de ambientalistas do país e do estrangeiro, o Ministério do Ambiente indonésio ajuizou uma ação contra a empresa de produção de óleo de palma PT Kallista Alam em 2012 que resultou agora na sentença e na multa historicamente alta para a queimada ilegal na floresta protegida de Tripa. Os pântanos de turfa valiosos fazem parte do ecossistema de Leuser e constituem assim uma “zona nacional estratégica para a proteção do ambiente” e ao mesmo tempo um espaço vital dos últimos orangotangos ameaçados de Sumatra.
Salve a Floresta também participou na campanha contra a empresa de óleo de palma PT Kallista Alam na Primavera de 2012 com 50 mil e-mails de protesto e 10 mil euros doados.
O público já tomou conhecimento das atividades ilegais da PT Kallista Alam em Agosto de 2011, quando o então governador de Aceh concedeu a autorização para uma plantação de dendezeiros de 1.605 hectares, no meio do ecossistema de Leuser protegido por lei.
Depois de protestos por WALHI, o tribunal em Medan condenou o novo governador de Aceh em Agosto de 2012 a retirar a concessão.
Além da multa alta e os pagamentos compensatórios para a floresta turfeira de Tripa destruída, os juízos também ordenaram a confiscação pelo Tribunal Distrital de Meulaboh de 5.769 hectares de terra da qual a PT Kallista Alam se tinha apropriado.
Isto é um grande êxito para a floresta tropical e os habitantes dela. Com 50 mil assinaturas e 10 mil euros doados, a Salve a Floresta podía contribuir com a sua ajuda para que um processo decisivo contra uma empresa criminosa de óleo de palma tenha vencido.
Apóie aqui a nossa ação atual acerca de óleo de palma no Peru: https://www.salveafloresta.org/acoes/933/parem-a-invasao-de-oleo-de-palma-na-amazonia
Mais informações (em inglês):
http://www.sumatranorangutan.org/pr-tripa-090114.html
http://www.thejakartaglobe.com/news/aceh-court-orders-palm-oil-firm-to-pay-for-environmental-damage/