Berlim: entrega de assinaturas contra a barragem de Murum na floresta tropical de Bornéu
6 de dez. de 2013
Em todo o mundo – entre outros em Berlim, Londres, Tóquio e Melbourne – grupos ambientalistas e de direitos humanos entregaram no 25 de Novembro uma carta de protesto internacional assinada por mais de 30 organizações nas embaixadas e nos consulados da Malásia. A razão é a expulsão dos indígenas Penan em Sarawak, Bornéu para a hidrelétrica de Murum na floresta tropical
Delegados do grupo regional de Salve a Floresta encontraram o embaixador da Malásia em Berlim. O embaixador Dato Salman Ahmad recebeu os ativistas para uma conversa de meia hora, aceitou a carta de protesto internacional (em inglês) e quer encaminhá-la para a Malásia.
“As famílias Penan perdem a base de vida e a cultura delas por causa da construção da barragem de Murum“, explica a ativista de Salve a Floresta Angelica Schmidt. “Os indígenas não foram informados e consultados previamente, mas sim foram colocados diante de fatos consumados. Isto vai contra os direitos humanos e contra a Convenção 169 da OIT.”
A hidrelétrica também faz dano à natureza e à enorme biodiversidade. Se a floresta tropical é inundada, perderemos toda essa grande variedade natural para sempre.
O embaixador malaio explicou que não sabe muito da problemática “barragens”. Mas disse que o país dele tinha o direito ao desenvolvimento, ainda existiam 50 por cento da floresta tropical. Ele mesmo era apoiante dos programas de repovoamento. Os indígenas de Sarawak podiam escolher eles mesmo para onde iam. Eles podiam emigrar para as cidades onde se podiam desenvolver, porque também estavam representados no Parlamento ali. As acusações de corrupção em Sarawak eram conhecidas. Mas o próprio embaixador representava uma Malásia limpa e isenta de corrupção.
Reportagem sobre mais entregas da carta nas embaixadas malaias no mundo em Sarawak Report e The Borneo Project (em inglês).