Brasil: Advogado maranhense sofre intimidação de empresas de aviação agrícola

Avión en vuelo fumiga con agrotóxicos en el estado brasileño de Maranhao Fumigación aérea con agrotóxicos en el estado brasileño de Maranhao (© H3000)

3 de jun. de 2024

O advogado Diogo Cabral recebeu notificação extrajudicial do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola requerendo que ele se retratasse ou comprovasse, em até 48h, que a pulverização aérea de agrotóxicos no Maranhão prejudica comunidades. Os empresários se incomodaram com declarações dadas pelo advogado a uma TV local.

No dia 23 de maio, o advogado popular Diogo Cabral, da Federação dos Trabalhadores Rurais do Maranhão (Fetaema), sofreu uma tentativa de intimidação e silenciamento do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), com sede no Rio Grande do Sul. 

Em notificação extrajudicial, o sindicato requereu que Cabral se retratasse ou comprovasse, em até 48h, que a pulverização aérea de agrotóxicos no Maranhão prejudica comunidades. O Sindag sentiu-se incomodado com uma entrevista concedida pelo advogado em 24 de abril ao jornal televisivo JMTV 2ª edição, quando foi noticiada a aprovação de uma lei que proibiu a pulverização de agrotóxicos com aviões ou drones no município de Caxias (MA).

Em entrevista concedida ao site jornalístico Repórter Brasil, Diogo Cabral afirmou que não vai responder à provocação do Sindag. "Podem judicializar se quiserem. Eu vou ter um campo de debate amplo para comprovar minhas afirmações com base na pesquisa científica, com base nas evidências do campo científico acerca dos danos causados pela pulverização aérea de agrotóxicos", disse Cabral.

Há pelo menos 15 anos, o advogado vem atuando na defesa jurídica de povos e comunidades tradicionais da Amazônia e Cerrado, especialmente no Maranhão, e tem feito uma série de denúncias em suas redes sociais sobre as violações cometidas por empresários do agronegócio e por governos contra povos quilombolas, indígenas, assentados e outras comunidades tradicionais vítimas de grilagem de terras, expulsões, ataques com agrotóxico e assassinatos.

Leia o texto completo da Repórter Brasil.



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