A UE precisa proteger florestas, não queimá-las em usinas.

Entrega da petição em Bruxelas Diederik Samsom da Comissão Europeia (no monitor) discutindo com ambientalistas (© Daniel Djamo) Entrega da petição em Bruxelas Ambientalistas protestam diante do prédio da Comissão Europeia em Bruxelas com uma faixa contendo os seguintes dizeres: UE: Proteja as florestas! Não as queime para produzir energia” (© Daniel Djamo)

19 de ago. de 2021

Protetores do meio-ambiente e do clima entregaram no último dia 15 de junho uma petição conjunta da We Move Europe, do National Resources Defense Council (NRDC) e da Salve a Selva à Comissão Europeia. Eles reivindicam que as florestas sejam protegidas, parando-se com a massiva queima de madeira para a produção de energia.

Na petição apoiada por 126 organizações participaram, no total, 220 mil pessoas, dentre elas 83 mil por meio de “Salve a Floresta” (Rettet den Regenwald e.V.) As assinaturas foram entregues no âmbito de uma reunião ajustada com Diederik Samson, chefe de gabinete do Vice-Presidente da Comissão Europeia, Frans Timmermann, em Bruxelas.

A queima de madeira não é neutra, do ponto de vista da emissão de CO2-, e como tal, não deve ser considerada no que toca às metas que estão discutidas na revisão da Diretiva da UE relativa às energias renováveis, reivindicam os ambientalistas.

 

Na ação, os protetores do clima e do meio-ambiente colocaram também na frente do prédio da Comissão Europeia uma faixa com os seguintes dizeres: “UE: Proteja as florestas! Não as queime para produzir energia” O Vice-Presidente da Comissão Europeia, Timmermann, é responsável pelo chamado “green deal” da UE, segundo o qual deve ser criada na UE uma economia moderna, eficiente na gestão dos recursos e competitiva.

Uma política climática equivocada da UE e de seus países-membros leva, cada vez mais, ao saque e à degradação das florestas da Terra. Cerca de 500 milhões de metros cúbios - o que corresponde à  metade da madeira derrubada na UE  -já é destinada a produzir energia.

Para obter essa quantidade de madeira, já agora são desmatadas, de um só golpe, florestas inteiras na Europa, na América do Norte e na Sibéria. As pesadas colheitadeiras e transportadores prejudicam os solos, as águas e os lençóis freáticos.

Florestas - que não apenas absorvem enormes quantidades de CO2- da atmosfera, mas também armazenam, no longo prazo, o carbono na biomassa e nos solos - estão sendo  transformadas em enjoativas monoculturas industriais, destruindo-se, com isso, a biodiversidade por completo.

As árvores estão sendo picotadas e esmagadas em fábricas para virar pellets de madeira. Com essas bolinhas de madeira, não apenas são equipados os fornos de pellet, mas também, cada vez mais, usinas termoelétricas que funcionam à base dessa biomassa.

A bioenergia perfaz , na UE, dois terços das fontes de energia renováveis, sobretudo a madeira. Milhares de centenas de árvores estão indo parar no fogo das usinas termoelétricas, supostamente para produzir energia verde e calor “limpo”.

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